sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Em uma batalha há Espíritos que assistem e sustentam cada partido?

O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ALLAN KARDEC, LIVRO II, CAP. IX Per. 541 - Em uma batalha há Espíritos que assistem e sustentam cada partido? - Sim, e que estimulam a sua coragem. Os Antigos, outrora, representavam os deuses tomando partido por tal ou tal povo. Esses deuses não eram outros senão Espíritos representados sob figuras alegóricas. Per. 542 -Em uma guerra, a justiça entá sempre de um lado; como os Espíritos tomam partido pela injustiça? - Sabeis bem que há Espíritos que não procuram senão a discórdia e a destruição. Para eles a guerra é a guerra: a justiça da causa pouco os impressiona. Per. 543 - Certos Espíritos podem influenciar o general na concepção de seus planos de campanha? - Sem nenhuma dúvida, os Espíritos podem influenciar por esse motivo, como por todas as concepções. Per. 544 - Os maus Espíritos poderiam suscitar-lhe maus planos, tendo em vista perdê-lo? - Sim, mas não tem ele seu livre arbítrio? Se seu julgamento não lhe permite distinguir uma idéia justa de uma idéia falsa, suporta as conseqüências, e faria melhor obedecer do que comandar. Per. 545 - O general pode, algumas vezes, ser guiado por uma espécie de segunda vista, uma vista intuitiva, que lhe mostre antecipadamente o resultado de seus planos? - Frequentemente é assim no homem de gênio, é o que se chama inspiração, e faz com que ele aja com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem e sabem aproveitar as faculdades de que é dotado. Per. 546 - No tumulto do combate, o que ocorre com os Espíritos que sucumbem? Ainda se interessam pela luta, depois da morte? - Alguns se interessam, outros se afastam. Nos combates acontece aquilo que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento o Espírito está surpreso e como perturbado, e não crê estar morto, parecendo-lhe, ainda, tomar parte na ação. Não é senão pouco a pouco que a realidade lhe aparece. Per. 547 - Os Espíritos que se combatiam, estando vivos, uma vez mortos se reconhecem por inimigos e são ainda obstinados uns contra os outros? - O Espíritos, nesses momentos, não está jamais de sangue-frio. No primeiro momento, ele pode ainda querer seu inimigo e mesmo persegui-lo, mas quando as idéias lhe retornam, vê que sua animosidade não tem mais objetivo. Entretanto, pode ainda conservar-lhe as impressões, mais ou menos segundo o seu caráter. - Percebe ainda o ruído das armas? - Sim, perfeitamente. Per. 548 - O Espírito que assiste de sangue-frio a um combate como espectador, testemunha a separação da alma e do corpo, e como esse fenômeno se apresenta a ele? - Há poucas mortes instantâneas. Na maioria das vezes, o Espírito cujo corpo vem a ser mortalmente ferido, não tem consciência sobre o momento. Quando ele começa a se reconhecer, é então que se pode distinguir o Espírito que se move ao lado do cadáver. Isso parece tão natural que a visão do corpo morto não produz nele nenhum efeito desagradável. Toda a vida estando transportada no Espírito, só ele atrai atenção e é com ele que se conversa ou a ele que se dirige. (Mais sobre o tema em O Livro dos Espíritos, cap. VI - V: LEI DE DESTRUIÇÃO)

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