segunda-feira, 21 de julho de 2014

Os Espíritos Influenciam os Nossos Pensamentos e Atos?

Para admitir a influência dos Espíritos é necessário aceitar a ideia de que há Espíritos e que estes sobrevivem à morte do corpo físico. A dúvida relativa à existência dos Espíritos tem como causa principal a ignorância acerca da sua verdadeira natureza. [...] Seja qual for a ideia que se faça dos Espíritos, a crença neles necessariamente se baseia na existência de um princípio inteligente fora da matéria.[1] Na verdade, os Espíritos exercem grande influência nos acontecimentos da vida. Essa influência pode ser oculta (sutil) ou claramente percebida. Pode ser boa ou má, fugaz ou duradoura. Não é nada miraculoso ou sobrenatural. Imaginamos erroneamente que a ação dos Espíritos só se deva manifestar por fenômenos extraordinários. Gostaríamos que nos viessem ajudar por meio de milagres e sempre os representamos armados de uma varinha mágica. Mas não é assim, razão por que nos parece oculta a sua intervenção e muito natural o que se faz com o concurso deles. Assim, por exemplo, eles provocarão o encontro de duas pessoas, que julgarão encontrar-se por acaso; inspirarão a alguém a ideia de passar por tal lugar; chamarão sua atenção para determinado ponto, se isso levar ao resultado que desejam, de tal modo que o homem, acreditando seguir apenas o próprio impulso, conserva sempre o seu livre-arbítrio.[2] A influência dos Espíritos é ocorrência comum, garantida pelos os princípios da sintonia mental, pois “(…) é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito a espírito”[3], ensina Emmanuel. Contudo, antes de ser estabelecida a sintonia entre duas mentes, ocorre os processos de afinidade intelectual ou moral, ou ambas, pois “o homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência. [4] E, mais, acrescenta o Benfeitor: A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos. [...] Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam. Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis. Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização. (…).[1] [1] Francisco Cândido Xavier. Roteiro. Cap. 26, pág. 112. [1] Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Pt. 1, cap. I, it, 1, p. 21-22. [2]Idem. O Livro dos Espíritos. Q. 525-a-comentário, p. 352-353. [3] Francisco Cândido Xavier. Roteiro. Cap. 28, pág. 119. [4] Ibid. Cap. 26, pág. 111 Referências KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2ª ed.1ª reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro. 11ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.